sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Terceira Lei de Newton

Ação e Reação

Se um corpo A aplicar uma força sobre o corpo B, receberá deste uma força de mesma intensidade, mesma direção e sentido oposto à força que aplicou em B.

Podemos resumir a terceira Lei de Newton assim:
"Para cada ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade."

Acho que nada mais precisa ser dito, mesmo na subjetividade uma marretada dada ocasionará os efeitos na mesma direção, mas no sentido oposto.

Cuidado com as marretadas e flores distribuídas.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Argila, Tijolo, Casa

Como muitas outras, a palavra tijolo vem do grego tejuelo. Bom, essa é a origem da palavra, a origem do objeto é a argila.

Componente comum das lamas ou barro*, a argila é matéria-prima para o tijolo. Depois de moldada e levada ao Sol, coloca-se a peça no forno com temperatura altíssima. Então a argila que você moldou toma a forma do tijolo, firme suficiente para que se levante uma construção. Uma casa, uma morada.

A parede do palácio um dia foi argila, estranho olhar as coisas por esse ângulo. Repetindo um pouco a questão do copo meio-cheio. Mas talvez seja essa a única esperança. Saber que o palácio um dia foi argila é saber que se precisa passar pelo forno, queimar o que tem que ser queimado, cozinhar o que tem que ser cozinhado, e esperar para ser escolhido pelo pedreiro para fazer parte daquela parede sólida e bela.

A casa é, dentre outras coisas, construída por tijolos. Mas ninguém consegue construir uma casa sozinho, ninguém é tão grande para isso. Coloque os três primeiros tijolos, olhe para o lado e logo verá que não está sozinho nessa empreitada. Mesmo que você não queira, não permita, ajuda...o terá.

A casa só é casa porque foi tijolo, o tijolo só é tijolo porque foi argila. A mansão um dia foi lama. Quer algo mais animador que isso? Não?



*Diz o grande Wikipédia.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Desafio

36062562525...
194481441...
5764801240149...
57375255...
130321361...
160000400...
57375255...
81573072128561169...
194481441...
43046721656181...
160000400...
655362616...
39062562525...
234256484...
57375255...
430467216561819...
39062562525...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Reciprocidade

No amor não notamos se há ou não reciprocidade...

terça-feira, 28 de julho de 2009

CINEMA, A pessoa ideal

No filme, A Mulher Invisível, dirigido por Cláudio Torres, Pedro (Selton Mello) acreditava no casamento, mas foi abandonado pela esposa. Após três meses de depressão e isolamento, ele ouve batidas em sua porta. É a mulher mais linda do mundo pedindo uma xícara de açúcar: Amanda (Luana Piovani), sua vizinha. Pedro se apaixona por aquela mulher perfeita, carinhosa, sensível, inteligente, uma amante ardente que gosta de futebol e não é ciumenta. Seu único defeito era não existir.

Tão comum que vira filme. Primeiro a idealização em cima do real, sufocando o mesmo e fazendo com que ele se canse a vá embora. Geralmente com outro. Depois bebida, sofá, cabelo despenteado e uma veemência no "eu sou a vítima". Depois a fuga, a primeira válvula de escape é a melhor saída, mas ela continua como uma simples válvula de escape.

Não adianta procurar a pessoa ideal, ela não existe. Pode parecer anti-romântico, mas o romantismo está exatamente na não idealização do real. Ou seja, o ceticismo pode ser considerado romântico enquanto a esperança uma armadilha que acaba com o romantismo. Claro que não se pode levar aos extremos.

Escrever uma poesia é romântico? Depende. Fazer um jantar a luz de velas e petit gateau é romântico? Depende. Estar disponível a outra pessoa é romântico? Depende. De novo caímos na questão do circunstancial. Caso tudo isso tenha sido feito sem querer algo em troca, é romântico. Mas geralmente não é, mesmo que o que você queira de volta seja ver o sorriso da outra pessoa.

Voltando ao filme. O personagem sofre porque criou uma Marina (Maria Luisa Mendonça) que não existia, ou seja, em cima do real que ela era ele criou o que ele queria. Portanto, ele se apaixonou por ele mesmo. Louco assim. Vamos lá, façamos uma retrospectiva sem constrangimentos. A proporção do sofrimento não é, sempre foi, a mesma da expectativa que você criou? Uma conta simples e podemos observar que o sofrimento é diretamente proporcional à expectativa criada. Para tornarmos isso uma equação exata temos que multiplicar por uma constante, a nossa vaidade.

Sofrimento = Vaidade x Expectativa

Se a expectativa for zero, não há sofrimento. Simples, e complicado, assim.

O filme é bom. Você acaba rindo do ridículo que é quando percebemos que apaixonamos, no caso, por uma mulher invisível quando há ao lado, também no caso, uma mulher perfeita na sua imperfeição.

Não precisa ser perfeito para ser perfeito. O ideal as vezes é bem mais real e melhor do que o ideal. O melhor é estar aberto e esquecer o roteiro escrito por você mesmo. Porque no fundo no fundo você sabe que não é o diretor e não tem controle algum sobre os personagens. Sua história nunca é como você escreve, portanto leia e viva atentamente o que está escrito pelo melhor roteirista, o acaso.


sábado, 25 de julho de 2009

Termologia

A temperatura traduz o estado de agitação das partículas de um corpo, diferentes escalas são usadas para dar número a ela. Existe a escala Kelvin, em que a origem corresponde ao zero absoluto, existe a escala Celsius e também a Fahrenheit. Essas pelo menos são as mais usadas, mas se você quiser fazer a sua escala é possível: dê um valor ao ponto do vapor, outro para o ponto do gelo e faça a equação de conversão, simples assim, mas trabalhoso porque toda temperatura necessitará de um pequeno cálculo.

Os valores na sua escala termométrica são atribuídos, façamos então uma pequena simulação de uma escala termométrica para nós. No ponto do gelo colocamos a indiferença, no ponto de vapor colocamos a dependência. Esses valores são usados para mostrar a frieza da indiferença, que congela qualquer tipo de emoção, e o quanto a dependência é volúvel, por esse motivo no ponto do vapor. Do ponto do gelo para baixo temos uma série de temperaturas, mas nem compensa pensarmos nisso tamanha a frieza da coisa e no ponto do vapor para cima podemos ter outras temperaturas, mas seria complicado segurar o que já esta evaporando, portanto também não daremos atenção ao caso.

Na escala Celsius há uma variação de 100 unidades do ponto do gelo para o ponto do vapor e na nossa escala, qual seria a unidade? Não há unidade na relatividade das emoções, pois elas são meramente circunstanciais e as circunstâncias são muitas no nosso mundo. Portanto colocar uma escala que vai da indiferença para a dependência é impossível, mesmo que dê para identificar vários pontos nesse termômetro humano e as vezes até saber se está mais perto de congelar ou evaporar.

Um sorriso estaria mais para o ponto do gelo ou do ponto do vapor? Depende da circunstância na qual ele foi dado. Se for quando você viu quem há muito não via, talvez esteja mais próximo do ponto do vapor. Mas se for quando alguém responde sua alegria com um sorriso sem jeito, ele talvez esteja mais próximo do ponto do gelo. É complicado identificar a temperatura do momento fora do momento e o principal, convém estar próximo de que ponto? Não há como responder essa pergunta no momento, pois as ligações dos pontos, como Steve Jobs mesmo fala, só pode ser feita anos depois. Ou seja, completamente fora do momento, mas quando todos os pontos são dados e você nota que tudo teve seu fundamento.

Nem congelar, nem evaporar. O líquido é a melhor opção, ele toma a forma do recipiente no qual é depositado. Significa, portanto, que o líquido independe da circunstância e caso não haja um recipiente para segurá-lo, melhor ainda porque ele escorre livremente. Quando você esquenta demais a água, por exemplo, ela evapora, o mesmo acontece em nossa escala mesmo que seja usada uma panela de pressão aumentando assim o ponto do vapor. É complicado até segurar alguém por quem você é apaixonado, por mais amável que você seja com essa pessoa. O nível de paixão pode ultrapassar o limite do outro fazendo com que haja dependência, evaporando assim a possibilidade de uma história a dois. É um dependendo do outro e não os dois juntos, tomando a forma do recipiente.

O gelo parece mais sólido, tão sólido que é estático. A forma é bem definida, isso não há dúvida, mas será que é interessante deixar as coisas assim, congeladas. Uma rosa é linda na sua natureza, mas ela murcha com o tempo. Congelá-la seria interessante, pois sua forma seria mantida, porém a beleza perderia sentido com a perda da sua textura, do seu perfume, do seu brilho. Seria indiferente a existência daquela rosa, o melhor então seria cuidar de um jardim inteiro, onde sempre existam rosas não congeladas. Congelar o momento é o que costumamos fazer, admirados pela beleza de algo deixamos de observar a beleza do todo.

Congelar o momento, perder o momento de sua evaporação. São vários os riscos dessa termologia humana. Não convém tomar o cuidado com um fenômeno ou outro, mesmo porque, tomando a água como matéria: o gelo é água, o líquido é água e o vapor também é água. O estado físico não pode ser medido por valores atribuídos, é o que é. A natureza da matéria independe do estado físico, a água continua sendo água em suas diferentes formas. Não se pode escolher como ficar, apenas aceitar e observar o trabalho da natureza na matéria para que a matéria esqueça que é matéria.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Contradições

Certas vezes nos pegamos em contradição. Um adeus seguido por um oi. Um até logo seguido por um inexplicável sumiço.

Não podemos justificar todas as nossas contradições, nem tudo foi como o planejado. Perdemos o roteiro e, perdidos, nos encontramos em situações contraditórias e constrangedoras.

Eu perco meu orgulho com medo de perder a oportunidade, ou perco a oportunidade por não querer perdê-la. O orgulho nunca foi bem vindo, mas poderia servir como um ponto para a ponderação. Ok, a ponderação também não é bem vinda, mas poderia servir como controle. Ok, o controle também não é bem vindo, mas poderia segurar essa excessiva esponaneidade. Espera, a espontaneidade é bem vinda, significa que está tudo errado?

Estava falando de contradição e me pego falando da espontaneidade que não vira, de jeito nenhum, pro meu lado.

Mais um texto de um tema só. Mais um texto que indica a foco naquilo que me dá sede. Mas a gota foi posta em minha boca, imagine uma coca gelada depois de um dia de sol. A sensação é a mesma. E eu entro em contradição.

Mas essa é minha contradição predileta, um você carregado de mim.

Repetiria a contradição na certeza da incerteza que tenho, a minha contradição predileta porque não há nada melhor do que uma lua cheia. Um complicação esperada. É descomplicado esperar que exista tal complicação, porque há o mim em você.

Ocorrerão uma série de contradições, certeza. Pelo menos enquanto a última vez não se tornar sempre.

Não?

Sim!